@tonfabricio
Análise | Alice in Borderland - Todos os elementos de animes em um só lugar
Graças a dona Netflix, o mundo tem conhecido cada vez mais produções além das Hollywoodianas, quebrando preconceitos contra demais países. O streaming conta com grandes sucessos alemães, árabes, espanhóis, coreanos, dentre outros. Desta vez eu venho comentar sobre o mais nosso sucesso já renovado para a segunda temporada: Alice in Borderland.
Baseada no mangá homônimo de Haro Aso, o seriado acompanha três melhores amigos que decidem se divertir após momentos frustrantes em suas vidas. De uma forma inexplicável, o trio é transportado para uma realidade alternativa idêntica a cidade deles, porém, praticamente vazia.

Confusos e em busca de respostas, eles descobrem um mundo onde jogos sanguinários tomam conta do local. Um ambiente distópico onde as pessoas devem fazer de tudo para sobreviver no meio de tantas violências, mistérios e traições.
Refrescos aos amantes de animes
Alice in Borderland acerta nos diálogos e dramas, pois segue perfeitamente a ideia de inúmeros animes. Somos acostumados a ver aquelas cenas dramatizadas de choro, raiva, lutas e romances nas animações, mas raramente vemos isso quando se trata de pessoas reais retratadas em live actions japoneses. Entretanto, o seriado teve a delicadeza de satisfazer qualquer otaku em boa parte da produção.

Outro ponto forte foi a caracterização dos jovens neste novo universo. Animes sempre trazem detalhes únicos em seus protagonistas, como cabelos diferentes, roupas incríveis e olhos marcantes, porém isso raramente acontece em filmes ou séries. E guess what? Alice in Borderland introduziu diversos estilos nos personagens, levando nossa mente a lembrar-se de obras como Death Note, One Piece ou Akame ga Kill. Além disso, o cenário dos minutos finais da série são muito bem feitos, inclusive, com um toque de insanidade que a gente gosta.
Porém, entretanto, however...
Embora a história seja bem amarrada num geral, pequenos detalhes destonam a obra. A maior parte dos jogos sanguinários são fracos, parecendo os testes bobos da primeira temporada de 3%. O CGI é terrível, sem contar cenas improváveis que deixaria qualquer estudante de Física se contorcendo de raiva.

Além disso, os desfechos de alguns jogos é sem sal. Levando em consideração tramas extremamente inteligentes como Death Note, Alice in Borderland deixa um ar de descaso nas resoluções das provas, das quais os participantes querem sobreviver. O episódio de Sakura Card Captors onde a Sakura enche um vidro com água pra bolinha subir é mais eletrizante que muitas cenas aqui.

Mesmo com lados negativos, Alice in Borderland é uma grande obra com gosto de quero mais. A cena final dá um gancho para uma continuação com cara de algo muito maior. Além do mais, ao longo dos episódios percebemos a impossibilidade de saber quem vai viver e quem vai morrer. Sendo assim, só nos resta torcer para que nosso(a) personagem preferido(a) não parta dessa para uma melhor.
Corram para a Netflix, assistam e torçam para que seu(a) personagem preferido(a) sobreviva!!

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