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Análise | Amarração do Amor - Amor é amor, não importa a religião
Se você está a fim de ver um filme nacional, que te faça rir em diversos momentos, tenha um romance fofo e que ainda passe uma mensagem extremamente relevante e importante, cola em mim para conhecer Amarração do Amor, que estreia dia 14 de outubro nos cinemas, porém o FendaGeek (tamo muito chique) teve acesso antecipado ao filme e te conta tudinho, sem spoilers óbvio.

Bebel (Samya Pascotto) e Lucas (Bruno Suzano) se conheceram de maneira bem inusitada por causa de um panfleto de “trago a pessoa amada em 3 dias”, só que no caso deles foi instantâneo e, um ano depois, os dois decidem se casar. Mas, as as coisas não vão ser nada simples se depender das famílias deles, uma Judaica e a outra Umbandista.
Família é tudo igual, só muda o endereço
Esse povo faria muito sucesso no Casos de Família, pois é um mais teimoso que o outro e só pensam no que eles idealizaram para aquele momento, menos no que os noivos querem para o próprio casamento. O pai da noiva, Samuel (Ary França) é um judeu fervoroso que não aceita que sua filha case sem seguir a risca os costumes de sua religião, e não fica nada feliz quando descobre que a cerimônia vai ocorrer no terreiro de Umbanda de Regina (Cacau Protasio), a mãe de Lucas, que é uma devotada mãe de santo.

O que fazer quando os adultos se comportam como crianças?
Com uma premissa assim, o palco tá lá, pronto pra um dramalhão, mas não é isso que o filme nos entrega, muito pelo contrário. O casal principal, que tinha tudo pra ficar discutindo o filme todo, são as pessoas mais sensatas do rolê e eles tem diálogos super saudáveis e decidem tudo juntos, mesmo no meio dessa bagunça que as duas famílias criam.
Já Regina e Samuel são literalmente as únicas pessoas que estão criando impecílios para esse casamento acontecer, agindo como duas crianças birrentas que só pensam no próprio umbigo, já os outros membros de ambas as famílias estão aproveitando o máximo possível para conhecer novas crenças e costumes, que é a verdadeira mensagem do filme, mas já, já chegamos nela.
O aleatório que faz sentido
Posso mencionar que tem um cachorrinho no filme, o Jaime, que pertence à família da Bebel, (aliás, o Samuel é um grude com esse cachorro) e, por algum motivo ele tem um espaço considerável no filme, mas sem importância alguma para a trama. Porém, eu não vou reclamar, porque quanto mais doguinhos melhor.

E temos Ilan, irmão de Bebel, que é vivido por Vinicius Wester (As Five) e é aquele personagem que tem em alguns filmes e é a personificação da mensagem do longa. Ilan é um rapaz judeu que quer ser rabino, mas que antes queria ser DJ, e agora tem esse conflito para resolver.
Ele personifica o embate entre as vontades pessoais e as obrigações que a sociedade e/ou a religião impõem sobre cada um e, se você é judeu ou umbandista, não se preocupe, pois a produção é super cuidadosa ao lidar com ambas as religiões, tudo com a intenção de enaltecer a miscigenação que temos no Brasil, sem sombra de dúvidas a melhor qualidade que temos.
