Carolina Mezalira
Análise | Boo, Bitch – Assim como a chegada da morte, série não traz nenhuma surpresa!
A Netflix esta craque em fazer comédias que envolvem adolescentes e suas inseguranças, além da descoberta dos primeiros amores. A bola da vez é a minissérie Boo, Bitch protagonizado por uma das atrizes mais queridinhas dos últimos tempos, ninguém menos do que Lana Condor, a responsável por dar vida a romântica Lara Jean de Para Todos os Garotos que já amei.
Sinopse

Na série, somos apresentadas às melhores amigas, Erika (Lana Condor) e Gia (Zoe Margaret Colletti), que passaram o ensino médio como "invisíveis" (quem nunca foi excluída pelos populares do colégio, não é mesmo?). Prestes a se formar, decidem que precisam aproveitar esse último ano para fazer as coisas ficarem diferentes para ambas.
Contudo, após irem para uma festa onde se mostram capazes de ser ‘’populares’’, a dupla sofre um terrível acidente e são atropeladas por um Alce. Qual a possibilidade desse animal causar a morte de alguém? Pois na nova produção do streaming é exatamente isso que acontece, e Erika acaba morrendo.
Dessa forma, vendo um Alce sobre o seu próprio corpo morto, Erika necessita da ajuda de Gia para desvendar o motivo da garota ainda estar presente no nosso mundo, fazendo coisas como se ela ainda estivesse viva.
Que elenco?

Lana Condor é conhecida por interpretar personagens fofíssimas e carismáticas, conquistando o público na trilogia Para Todos os Garotos. Mas, sinto em lhe dizer que em Boo, Bitch, a personagem interpretada pela atriz é chata e mimada, não respeitando a opinião dos outros, nem mesmo da sua melhor amiga, que passa todos os episódios fazendo somente o que Erika deseja. Ainda que sabemos os reais motivos por ela agir de tal forma, torna-se desinteressante acompanhá-la.
Em contrapartida, é mais agradável seguir a história de Gia, que é mais do que apenas uma personagem secundária ou melhor a amiga da protagonista, e cria um vínculo maior com os telespectadores.
Mensagens importantíssimas...

Como todo clichê adolescente, a jovem tímida e invisível resolve dar a volta por cima, porém, não apenas com uma mudança de visual, mas sim com novas atitudes, que não necessariamente agradam as pessoas que a conheciam antes. E esse é o ponto. A principal mensagem da série é justamente sobre viver intensamente os momentos, assumir riscos e ir atrás dos seus sonhos, sem se importar com que os outros pensam.
Mas, como todo excesso traz alguma falta, Erika começa a se afastar de si mesma e até mesmo de seu grande crush, Jake C. (Mason Versaw), que também é apaixonado pela garota, mas não pela sua nova versão.
Que belo Plot twist (Alerta de Spoiler)!

Todo mundo sempre espera por um ponto de virada, onde algo surpreendente acontece, entretanto, o roteiro da minissérie é tão fraco que nem mesmo um plot twist bombástico acontece. Afinal, os telespectadores mais atentos já deviam desconfiar que, na realidade, quem morreu foi Gia e ela acabou escondendo a verdadeira identidade atrás do Alce.
Apesar do seriado se recusar em lidar com a gravidade da morte inesperada, a ausência da garota falecida e seu corpo apodrecendo na beira da estrada, ela consegue trazer alguns momentos hilários para o publico, lidando com o sobrenatural de forma nada assustadora.
Por fim, Boo, Bitch é mais uma série que se perde em seus episódios trazendo um pouco de diversão para os telespectadores, mas, às vezes, pode parecer um pouco tediosa e cansativa.
