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  • Foto do escritorLuigi Leite

Análise | Eu sei o Que Vocês fizeram no Verão Passado - Mas queria não saber!

Ah os clássicos trash de terror adolescente dos anos 90... Tem coisa mais nostálgica e mais sem pé nem cabeça que esses filmes? Começando em Pânico, passado por Lendas Urbanas e chegando no original Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado são a santíssima trindade desse gênero de filme com jovens burros se separando na floresta ao invés de permanecerem juntos. Dos três, a franquia Pânico é a que melhor se manteve nos dias de hoje, embora sua superioridade possa estar ameaçada com o reboot lançado pela Amazon, ou será que não?

Prepare-se para a encrenca!

Não é remake!


A primeira grande diferença que você precisa ter em mente em relação à obra original, é que a versão da Amazon não é um remake, ou seja, você não vai acompanhar a mesma história contada no filme e sim uma história nova. A série também não se encaixa em uma continuação pois não há menção ou personagens antigos retornando para a nova história. Por isso, Eu Sei o que Vocês Fizeram No Verão Passado é na verdade um reboot, ou seja, a história recontada de forma diferente, em outra ambientação e trazida para os dias de hoje!


Por conta de todos os detalhes mencionados acima, você também pode esperar que os protagonistas sejam completamente diferentes dos anteriores. Desse vez o conflito é uma batalha de ego entre irmãs gêmeas, amores não correspondidos e ciúmes, deixando a história muito mais parecida com as séries teens dos tempos de hoje que os da nossa época noventista.

Única coisa em comum com a obra original é o atropelamento

Antes de esculhambar, vamos falar de coisa boa?


Uma das maiores reclamações dessa terra de ninguém chamada internet é a famigerada "lacração" - Nome dado por homens brancos para obras onde eles não são o epicentro dos acontecimentos - que aqui você pode interpretar como elenco diverso com pessoas pretas, LGBTQIA+ e etnias diferentes e mistas por se passar no Hawaií, o que irritou muito o nerd fedido do Facebook.


Esse é o maior ganho em relação à franquia pois normaliza relações homo afetivas e o empoderamento de pessoas não brancas, o que é sim muito importante dos dias de hoje não importa quanta raivinha você sinta (caso seja um dos reclamões). O roteiro também esconde bem quem é o grande assassino da história embora eu tenha conseguido desvendar logo de cara por ser muito Mistérios S.A. sim senhor - Tenho ressalvar quanto a isso!

A protagonista ainda é branca, então não precisa chorar tanto!

Só ladeira abaixo!


Fica difícil explicar em que momento exatamente começou o declínio da obra, mas vamos tentar... Logo de cara, nos dois primeiros atos há uma quantidade de cenas excessivas dentro de carros, isso é estranho demais pois ou os personagens estão dirigindo ou estão usando o celular, o que para mim, é um dos grandes problemas nas obras modernas onde os celulares são um refúgio ou uma solução para tudo e talvez por isso tenhamos tantas novas obras sendo ambientadas nos anos passados.


Diferente do assassino do anzol do filme original, aqui o assassino persegue suas vítimas com uma caminhonete preta, aparentemente sem placa pois ninguém nunca pensou em olhar. Também não sei que é o meio de locomoção mais comum no Hawaií mas todos os personagens tem caminhonete pretas e aparentemente, sem placa. É irritante demais e confuso.


Logo no primeiro capítulo, após o atropelamento da vítima, um roubo de identidade acontece e embora seja proposital as dúvidas que ficam no ar, é tudo confuso demais, foram muitas pontas soltas deixadas para o último capitulo e grande parte dessas arestas não foram aparadas, deixadas para uma segunda temporada que, segundo meu conhecimento de séries ruins, há grande possibilidade de não acontecer pois tem muita cara de série cancelada. Junte a isso tudo, atuações medíocres, soluções imbecis e história que mira na realidade mas acerta no mirabolante quase sobrenatural.

Já vi muito ator ruim nessa vida, mas superar esse rapaz vai ser difícil... Framboesa de Ouro vem aí!!!

Uma sequência de tentativas falhas


A série até se esforça na narrativa incluindo uma seita lunática, técnicas mágicas de preservação ou ressurreição de corpos (não fica muito claro), conspirações que acabam confundido o espectador sobre o que tem a ver com o assassino e o que não tem e muitas cenas de sexo gratuitos em lugares públicos mesmo entre casais que moram juntos (cada um com seus fetiches, né?) tudo acaba sendo um grande bacanal de informações que não levam a lugar nenhum e nem entregam nada, tornando tudo uma grande perda de tempo, infelizmente...


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