@tonfabricio
Análise | Host
Atualizado: 26 de out. de 2020
Host é o mais novo terror lançado em 2020 disponível na plataforma de streaming Shudder. Com 100% de aprovação no site Rotten Tomatoes, o filme é um exemplo de criatividade, pois foi criado, filmado e editado durante a pandemia, respeitando o isolamento social e o distanciamento. Assim sendo, o elenco foi responsável por cuidar da iluminação, cenas e câmeras, tudo através do Zoom.

O filme uma produção independente que lembra Amizade Desfeita, entretanto, Host é tudo que a produtora Universal quis mostrar, mas falhou. Essa é a prova que nem sempre o mais investido e o mais conhecido é melhor.
Além disso, para deixar tudo mais natural, os atores não receberam o roteiro completo, ou seja, eles não sabiam exatamente o que aconteceria com cada pessoa do outro lado da câmera, criando um clima ainda mais tenso. Incrível, não?
Confira o trailer:
A trama
A história é simples e é disso que eu gosto, afinal, menos é mais. Eu sou uma pessoa que ama terrores antigos, pois as histórias fazem mais "sentido" do que os de hoje em dia. Me cansa filmes em que seres malignos saem de câmeras de vídeo e incentivam crianças a matar, ou filmes que criam uma lenda sem pé nem cabeça só para ter desculpas para inserir 300 mil jump scare nas cenas. Eu gosto do básico, com começo, meio e fim.

Uma das entidades malignas sendo pega por um filtro de celular
Dirigido por Rob Savage, Host conta a história de um grupo de amigos que quer fazer contato com espírito. Para isso, eles contratam uma médium que os auxilia em uma sessão guiada através de videoconferência, já que cada um esta em sua casa devido a quarentena do coronavírus.
Entretanto, tudo dá errado, pois o grupo desperta uma entidade maligna que começa a perturbar cada um deles (confesso que me incomoda falar delEs, pois quem brilha mesmo do começo ao fim são as garotas no filme e não o rapaz, que mais parecia figurante).
Um terror found footage
Particularmente, eu abomino esse tipo de filmagem, pois dá uma impressão (talvez seja) de filme barato. Eu assisto esse tipo de produção revirando os olhos de raiva, pois, geralmente, as cenas não fazem sentido. Eu penso: "como que uma pessoa ficaria filmando por tanto tempo e sempre focando a câmera no lugar certo? Sem contar que o personagem deveria fugir ao invés de se preocupar com a filmagem".

Entretanto, Host me provou o oposto. o Estilo found footage se encaixou PERFEITAMENTE nesta produção, pois a história é sobre amigas (falarei no feminino agora, pois me recuso a tirar o crédito das garotas, já que o ator é irrelevante) que querem se comunicar entre si, mas não podem por conta do coronavírus, sendo essencial o uso da tecnologia. Se um dia eu critiquei o subgênero found footage, eu não lembro.
Além disso, as garotas sempre filmam os acontecimentos sobrenaturais pois, assim como dizem, elas não querem ver ou ficar sozinhas, dando um motivo plausível ao filme para que levem o celular ou o notebook para todo canto.
Vale a pena ver?
Com certeza!!! Como eu disse, a história é simples, então não espere por um plot twist, muito menos um homem magrelo gigantesco que sai do meio da floresta. Veja a obra como algo caseiro, um acontecimento que poderia acontecer com qualquer um, inclusive você: um grupo curioso querendo se comunicar com o além e não sabendo lidar com as consequências. Além disso, o filme tem apenas 56 minutos, então não demora muito para que os eventos paranormais aconteçam. Dá vontade, né, Atividade Paranormal?

Gostaram da análise?? Assistam o filme e corram comentar com a gente sobre o que acharam!!