marianafrancomague
Análise | Hotel Transilvânia 4: Transformonstrão - Nada memorável, mas dá para se divertir
Drac, Mavis e Johnny cativam o público desde 2012, quando o primeiro filme de Hotel Transilvânia foi lançado (quem também se sentiu um idoso ai), e agora 10 anos depois temos a conclusão dessa história em Hotel Transilvânia 4: Transformonstrão, vem saber o que achamos do final da franquia.

O genro que todo pai quer ter (só que não)
Aqui vamos encontrar Drac prestes a se aposentar e entregar o hotel nas mãos de Mavis, só que depois que a festa de aniversario do hotel, planejada por Johnny, se transforma em uma verdadeira baderna, o vampiro percebe que não pode deixar seu amado negócio nas mãos do marido da filha.
Então ele mente para o rapaz, dizendo que ele não pode ficar com o hotel, pois existe uma lei que impede humanos de fazer tal coisas, então Johnny arranja um jeito de se transformar em um monstro.

Depois de uma série de acontecimentos malucos (o filme tem 80 minutos, e você ainda quer que eu conte tudo) do jeito que só Hotel Transilvânia sabe fazer, Drac, Frankenstein, Murray, a múmia, Wayne, o lobisomem, Griffin, o homem invisível e Blubby, a gelatina verde, se transformam em humanos, enquanto Johnny vira um dragão.
Então Drac e Johnny partem para o Brasil (pelo menos na cabeça deles, mas falamos disso jájá) para encontrar uma maneira de reverter a transformação antes que ela se torne permanente, fazendo com que boa parte do filme se trate da relação dos dois.

Pessoal da Sony precisa urgente de aulas de geografia
Aqui temos mais um exemplo de como produções norte americanas tratam a América do Sul como uma coisa só! No filme, os personagens devem vir ao Brasil para achar um objeto especifico, e podemos ver até mesmo um mapa, que claramente indica o Brasil como destino. Contudo, o problema começa quando eles chegam ao local, e parece uma mistura bizarra de México e Índia, e todos falam espanhol. (não dá nem pra passar um paninho Sony)
Mas tirando esse erro vergonhoso, ver Drac e Johnny andando pela floresta é com certeza a parte mais engraçada do filme. Temos um humano descobrindo as vantagens de ser um monstro e um ex vampiro vendo que ser humano não é nada fácil, situação que fortalece e aprofunda a relação dos dois, que até então não era nada próxima (muito fofo de ver).

Dava pra ser melhor...
Podemos dar um desconto, visto que foi um filme produzido quase que inteiramente em home office devido a pandemia, mas tendo tantos personagens interessantes a disposição, poderíamos ter visto mais dos monstros que viraram humanos (melhores transformações disparadas foram as do Frankenstein e do Homem Invisível).
Mas o que eu não entendi foi porque eles deixaram a Mavis tão de escanteio, sendo que ela é praticamente a protagonista da franquia, mesmo sendo um filme sobre a relação de sogro e genro, ela poderia ter tido mais tempo de tela. Mas, no geral, é um filme engraçado e divertido, que não chega aos pés dos dois primeiros, mas vale o play só por esses personagens.
