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  • Foto do escritorGiulia K. Rossi

Análise | King Richard - Boas performances compensam uma narrativa genérica

O Oscar adora uma boa cinebiografia esportiva, então é claro que King Richard: Criando Campeãs é um forte indicado para levar o maior prêmio da noite! Estrelado por Will Smith, o filme acompanha um pouco sobre a trajetória de duas das maiores tenistas e esportistas do mundo: As irmãs Venus e Serena Williams.


Apostando em um olhar diferente, o longa foca no pai das famosas jogadoras, Richard Williams, e como, antes mesmo delas nascerem, ele esboçou um detalhado plano para as filhas se tornarem campeãs de tênis. E aí, louco ou gênio dos negócios?


Aquele clichê que não sai de quadra...


Assim como outros filmes do gênero, King Richard não escapa dos clichês e estereótipos das produções esportivas. Contando com sequências de treinamentos, tensas partidas de tênis e aquela mensagem otimista sobre seguir seus sonhos e ser humilde e determinado, o longa é de fácil entretenimento para quem é fãs de obras do tipo. Porém, também pode parecer um tanto batido para os mais cínicos.


Mesmo com mais de duas horas de duração, o longa consegue chamar a atenção do público do começo ao fim (pelo menos, tenta), mas ainda peca em construir o melhor enredo possível levando em conta a narrativa que tinha em mãos. Especialmente por conta do caminho pouco convencional que decidiu tomar, destacando Richard ao invés de suas filhas.


Close errado?


A produção acompanha Richard sem, de fato, se aprofundar sobre sua história, quase que "embelezando" seus erros. Ainda que se mostre um pai atencioso e dedicado para as suas filhas, o longa apenas joga na nossa cara informações chocantes sobre o passado de Williams (em que abandonou sua mulher e filhos). Parece um detalhe um tanto impactante para ser apenas meramente mencionado, não é mesmo?


Embora o longa capte bem a "essência" de Richard e do porquê ele faz o que faz, a obra perde as suas principais estrelas: Serena e Venus. Preso em alguns diálogos repetitivos e momentos dificilmente memoráveis, o filme deixa as irmãs em escanteio, principalmente a caçula Serena, que só ganha um pequeno discurso sobre sua força e o fardo de viver na sombra da irmã, mas, de resto, desaparece na própria história.


Bola fora do Oscar?


King Richard: Criando Campeãs ganha força em suas sequências esportivas (quando, de fato, deixa Venus brilhar), em sua temáticas importantes, como o racismo gritante da época, e em suas atuações impecáveis. Will Smith entrega uma caricatura bem feita de Williams, enquanto todo o elenco secundário são excelentes adições, especialmente a jovem Layla Crawford (Venus). Em geral, o filme segue um ritmo envolvente, que compensa a longa duração, mas, com pouca ousadia, não se destaca entre outras genéricas biografias esportivas.


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