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  • Foto do escritorGiulia K. Rossi

Análise | Locke & Key: 2ª Temporada - Mais ousadia, maturidade, e potencial desperdiçado

Depois de muita espera, a segunda temporada de Locke & Key estreou na dona Netflix, prometendo novos desafios para a família Locke e seus amigos! O novo ano busca resgatar os amantes de fantasia e terror que não foram completamente fisgados em sua primeira temporada, contudo, será que é tarde demais para a produção surpreender e exceder às expectativas?


Baseado nos quadrinhos de Joe Hill (nada menos do que o filho de Stephen King), o seriado segue os irmãos Tyler (Connor Jessup), Kinsey (Emilia Jones) e Bode Locke (Jackson Robert Scott), os quais, após um traumático evento, se mudam para uma antiga casa da família junto com a sua mãe. Porém, o trio de jovens logo descobre uma série de chaves mágicas espalhadas pela mansão, assim como os perigos que as acompanham.


Vamos começar com o que vale a pena!


Após uma primeira temporada, no mínimo... decepcionante (para não falar outra coisa), o novo ano da série continua acertando em uma questão: os seus efeitos visuais. Além de uma direção de arte impecável, seja pelo deslumbrante design das chaves (uma mais bem elaborada do que a outra) ou pela fantástica atmosfera da Keyhouse, a fotografia da produção, mais do que qualquer outro aspecto, é o que melhor consegue transportar os espectadores para dentro da história.


Para a nossa alegria, a segunda temporada continua introduzindo novas chaves para o público e, com isso, novas confusões. Aqui vale destacar o acréscimo de aranhas gigantes e até asas de anjo, que, mais uma vez, impressionam a audiência com a sua qualidade. De fato, séries fantasiosas podem ter fracos efeitos e ainda assim conquistar o coração do público (cof, cof Once Upon a Time), mas, verdade seja dita, a trama de Locke & Key fica bem mais convidativa por conta de seu desempenho artístico e visual.

Como eles limparam essa bagunça antes da mãe voltar para casa?

Irmãos Locke? Quem? (Aviso de spoilers)


O segundo ano começa pouco tempo depois dos eventos da primeira temporada, quando os irmãos Locke falsamente acreditam que se livraram de Dodge (Laysla De Oliveira). É uma pena que Kinsey está em um relacionamento sério com a vilã/vilão e mal faz ideia. Porém, não é apenas o Eco que traz problemas, pois ele agora conta com a ajuda de sua mais nova parceira, Eden (Hallea Jones), que foi possuída por um demônio no season finale convenientemente sem ninguém perceber.


A dupla de vilões, apesar de ser um tanto caricata, é quem realmente rouba a cena nesse novo ano. Bode continua sendo o mais carismático do bando (quem poderia resistir a sua fofura?), mas sem dúvidas Gabe (Griffin Gluck) é o verdadeiro astro da temporada, e a sua interpretação e de Hallea jones chama bem mais a atenção do que a dupla de adolescentes protagonista. Mesmo que Eden tenha sido mal aproveitada do começo ao fim (prêmio de vilã mais sem noção, vai para...)


Tal mãe, tal filhos?


Enquanto Tyler está envolvido em um debate sobre o seu crescimento e o futuro de seu relacionamento (um pouco tedioso, mas ainda assim importante), Kinsey assume aquele famoso complexo de heroína, e ainda se prende em uma típica trama de triângulo amoroso, a qual, não é somente desnecessária, como também é extremamente previsível (um deles é um demônio, não é?!).


Por outro lado, o elenco adulto é um dos melhores pontos da temporada. Nina Locke (Darby Stanchfield), que durante a maior parte dos episódios não passou da mãe sofrida e perdida no rolê, finalmente ganhou certo destaque nos momentos finais do segundo ano e, ao lado de Bode, trouxe para o público uma das melhores cenas da série. Além dela, a trama também se aprofunda no passado de Duncan (Aaron Ashmore), e coloca para ele uma inesperada importância dentro da história. No entanto, infelizmente não podemos dizer o mesmo sobre Erin (Joy Tanner) a última Guardiã das chaves dada como viva... (não por muito tempo!)

E já estamos esperando para o grande casamento na mansão Locke!

Planos infalíveis, ou não!


Mesmo que mais madura, a segunda temporada ainda comete os mesmos erros de sua antecessora, e conflitos que tinham tudo para ser melhores elaborados, mais tensos e mais inteligentes, apenas rendem poucos segundos de suspense e, em um piscar de olhos, terminam. Com inúmeras chaves mágicas a sua disposição, os planos da família Locke não só parecem ter sido pensados em menos de cinco minutos, como também prejudicam toda a qualidade da série. Roteiristas, acredito no potencial de vocês!


De modo geral, o segundo ano de Locke & Key se sobressai em relação ao primeiro, com menos medo de chocar e mais maturidade em sua trama, contudo, visivelmente ainda se esforça para unir a grandiosidade de seu rico e mágico universo com o seu enredo e protagonistas. Vamos ver se a terceira temporada vai finalmente atingir o ritmo desejado!


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