Carolina Mezalira
Análise | Locke & Key: 3 temporada – É o encerramento que os Lockes precisam
Adaptada das HQ's de Joe Hill, Locke & Key acompanha a família Locke, formada pelos irmãos: Tyler (Connor Jessup), Kinsey (Emília Jones) e o caçula Bode (Jackson Robert Scott) , que após o assassinato do pai se mudam com a mãe, Nina, para casa antiga na cidade de Matheson. Chegando no local, eles descobrem chaves que possuem habilidades mágicas, como abrir portas para qualquer lugar, até entrar em suas próprias lembranças.

Será que estamos prontos para nos despedir dos Lockes?
Após duas temporadas com altos e baixos, a série chega em sua última temporada com um enorme sucesso entre os fãs, mas será que estamos preparados para dizer tchauzinho para os irmãos? E minha resposta é sim.

Os criadores Carlton Cuse, Meredith Averill e Aron Eli Coleite, responsáveis pela adaptação, tentaram ao máximo concluir a produção sem deixar pontas soltas tivemos um encerramento sem muita enrolação.
Na nova leva de episódios Kinsey, Bode e Nina (Darby Stanchfield) permanecem na Key House, enquanto Tyler se muda para Montana no intuito de fugir de qualquer lembrança relacionados a morte de sua ex-namorada Jacke (Genevieve Kang).
Para lidar com a dor de tê-la perdido, o garoto se recusa a ter qualquer lembrança sobre a mística história de sua família e parte em uma jornada de superação e cura que o afasta dos irmãos e da mãe, transformando-o em um completo estranho.
Dodge dá lugar a Gideon...

Todas as temporadas giram em torno de um grande vilão que quer pegar as chaves, no primeiro ano tivemos Dodge (Laysla de Oliveira/Griffin Gluck) que agora retorna no corpo do inocente Bode, desta vez do lado dos Lockes para ajudá-los a capturar o antagonista da vez, Frederick Gideon (Kevin Durand).
Eco de um perverso e mercenário capitão inglês, Frederick está possuído por um demônio que quer capturar todas as chaves para assim destruir a terra onde os mortais vivem, algo similar ao que Dodge desejava na primeira temporada.
Em Locke & Key os vilões sempre tem a mesma motivação, capturar as chaves e colocar um fim na Key House. Essa ambição acaba se tornando um pouco cansativa para os espectadores, mas nessa nova temporada, Frederick tem planos maiores, já que ele não quer esses objetos apenas por benefício próprio, ele também quer reunir as chaves para acabar com o mundo dos humanos.
Que química...

Esse elenco é perfeito! Dá para ver de longe que eles se dedicam de corpo e alma a seus personagens, parecendo ser uma família de verdade. Começando por Emília Jones que mostrou todo seu talento como a doce Kinsey. Jessup sabe fazer cenas dramáticas e de ação ao mesmo tempo como ninguém; o jovem Jackson Scott interpretou Bode de forma brilhante, chuto a arriscar que ele será indicado em algum prêmio na categoria de ator mirim, e por último a veterana Stanchfield mostra de forma sutil todas as camadas de Nina.
Nem tudo são flores
O único grande problema da temporada é o ritmo. Com um início lento e as constantes dúvidas de Tyler relacionados ao segredo da família além do afastamento entre os irmãos, porém quando caminhamos para o clímax, os conflitos são resolvidos em um piscar de olhos e de repente a temporada já acabou.
Por fim, Locke & Key encerra seu ciclo de forma satisfatória com um elenco maravilhoso, mesmo com pequenos furos no roteiro, tenho certeza de que essa série vai deixar saudades para os fãs.

Já assistiram Locke & Key? Gostaram? Vão sentir saudades dos Lockes? Não esquecem de seguirem o Fendageek nas redes sociais!