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  • Foto do escritor@luigienricky

Análise | Love, Death and Robots: Temporada 2 - É tipo Black Mirror, mas é desenho...

Finalmente a série animada gourmet da Netflix ganhou uma nova temporada. Com episódios estrelados por estrelas (perdão do trocadilho) e técnicas de animação inovadoras, o novo capítulo de Love, Death and Robots parece mais focado nos robôs do que nos seus outros colegas de título.


Dificilmente você assistirá essa série sem associar a outro grande sucesso da Dona Netflix chamado Black Mirror, a maior diferença no entanto é que, por se tratar de uma animação, o roteiro consegue ir mais longe e impactar mais devido a falta de barreiras que o universo animado proporciona.

Os robôs dominaram essa temporada com episódios memoráveis e divertidos

Menos episódios, mais qualidade?


A maior diferença em relação a temporada anterior é a quantidade de episódios. Dessa vez, ao invés dos 18 capítulos, temos apenas 8. Por um lado, é triste pois a série é muito divertida e você consegue maratonar em menos de duas horas já que cada episódio tem em média 15 minutos, por outro lado, a limitação de episódios torna cada história mais difícil de se esquecer..


Outra coisa que a quantidade limitada de episódios contribui é para que cada história realmente pareça única, seja pelo roteiro ou pela técnica de animação utilizada, deixando cada experiência diferente da anterior e consequentemente mais fácil de lembrar também (duvido que você lembre de todos os episódios da temporada 1).

Tem capítulos que parecem feitos apenas para testar técnicas de animação pois a história é bem sem graça

Por falar em animação...


Para os fãs aficionados por animação, Love, Death and Robots é um prato cheio até para que você possa conhecer novas técnicas. O primeiro episódio da temporada mostra a luta de uma velhinha boca suja contra um robô de limpeza em um estilo cartoon clássico, em seguida temos o episódio que mescla animação 2D e 3D com um cartoon estilizado esteticamente incrível.


Junte ainda episódios que usam captura de movimento com atores reais, outro capítulo cuja estética lembra muito Homem Aranha no Aranhaverso e a famigerada porém amada animação em stop motion com um plot twist de natal maravilhoso.

O episódio mais curtinho, mais divertido e mais WTF de todos!

Michael B. G̶o̶s̶t̶o̶s̶o̶ Jordan, você por aqui?


Se você é do tipo de pessoa que evita até ver trailer de coisa que gosta pra não estragar nenhum surpresa (como eu fiz com essa série) então também ficou bugado quando viu o penúltimo episódio da temporada com o gostos... Digo, incrível, Michael B. Jordan.


O episódio em que ele aparece nem é um dos melhores, embora eu tenha ficado agoniado e até cheguei a pensar que era um curta em live action, mas alguns detalhes me fazia voltar a crer que é uma animação mesmo, tamanha qualidade do trabalho desenvolvido.


Pra quem é gamer, essa série é um prato cheio pois lembra muito as cutescenes dos games mais modernos.

me joga na parede e me chama de lagartixa

Uma característica que faz parte da construção narrativa de Love, Death and Robots desde o início são as críticas sociais e elas continuam presentes aqui, embora você precise cavar para além do lúdico em alguns episódios, o que mais me deixou impactado e reflexivo foi o episódio final do Gigante Afogado. Essa sequencia é forte, pesada e fácil de associar a realidade e toda exposição que temos diariamente nas redes sociais, não quero dar spoiler, então vai lá e assiste, depois você vem comentar se ficou chocado também.


Porque ignoras a captura de movimento, Seu Oscar?


Mesmo que seja uma forma diferente de atuar, a captura de movimento é essencial para adaptar histórias ou personagens, veja por exemplo o Thanos ou o Hulk em Vingadores Ultimato. Se ao invés da animação por captura os diretores tivessem optado por maquiagem e prótese, os personagens não teriam o mesmo impacto visual, contudo, essa é uma categoria ignorada no Oscar e que muito fãs pedem há anos!


Nessa temporada temos 3 dos 8 episódios que abusam o máximo dessa tecnologia e incontestavelmente são os episódios mais impactantes e por isso esses atores merecem ser notados também, embora muitas premiações já reconheçam como uma categoria oficial. Andy Serkis que o diga pois ganha tudo!

Definição de pessoa podre

Se você tava de pouco caso com essa série, dê uma chance pois irá se surpreender, mas esteja ciente que precisa ter estomago pois o roteiro não se priva de ser bem explícito no sexo, na morte ou em chocar com palavras que sabemos que muitas pessoas guardam pra si mas que queriam sair por aí expondo, tipo internet...


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