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Análise | Maya e os 3 Guerreiros - Uma história envolvente e épica
A senhora Netflix vem investindo cada vez mais em animações originais, e hoje vamos falar no seu mais novo lançamento, Maya e os 3 Guerreiros, que apesar de ser para o público infanto-juvenil, não é nenhum conto de fadas.

A aula de história tá diferente
A animação é de Jorge Gutiérrez, criador de Festa no Céu, e aqui sua marca continua nítida, pois toda a trama gira em torno de costumes, tradições e profecias da cultura Maia, Inca, Asteca e Caribenha, no entanto, a profecia em questão fala sobre Maya, a princesa do reino Teca.
Na profecia, é dito que o Deus que sacrificar Maya será a entidade mais poderosa de todas, e é ai que entra nosso vilão, Lorde Mictlan, o Deus da guerra, que, para matar Maya, tem a sua disposição todos os seres do submundo, incluindo a própria Deusa da morte. Então a princesa parte em uma jornada para recrutar os três maiores guerreiros dos reinos vizinhos, para ajudá-la a derrotar o seu inimigo.

Qualidade sempre ganha de quantidade
Estamos falando de uma minissérie de 9 episódios com média de 30 minutos cada, e todos os capítulos são de estrema importância para a construção da história, não tem enrolação aqui. Os dois primeiros apresentam nossa protagonista, suas motivações e a jornada pela frente, em seguida, os capítulos 3, 4 e 5 introduzem os grandes guerreiros da profecia, nos dois próximos existe uma pequena reviravolta e então, no nono episódio, temos um fechamento.
Personagens secundários também são importantes!
A série acerta em cheio ao dar praticamente um episódio de destaque para cada integrante da equipe, o que faz com que nos apeguemos muito rápido a todos eles. Cada um deles possui o seu passado, seus traumas e demônios para enfrentar, mas o que todos têm em comum é que "causaram” muito sofrimento para as pessoas que amavam.
Como o ensino médio, os perdedores tem que se ajudar, e tanto Maya como Chimi, Rico e Pitcchu, foram rejeitados pelos próprios reinos, e encontram um no outro a força para superar os acontecimentos do passado e colocar todas as forças na batalha contra Mictlan. Além disso, outro personagem bem interessante é Zatz, o príncipe dos morcegos, que constrói uma relação bem complexa com Maya.

Apesar de ser uma produção focada no publico infanto-juvenil, a série não tem medo de maltratar esses personagens junto com o coração de quem assiste. São muitos exemplos de histórias tristes e, mesmo que o final até que seja feliz, não tem os contornos que ficaram frequentes em animações.
Maya e os 3 Guerreiros tem uma história envolvente, personagens cativantes, e uma mitologia que faz você querer saber muito mais!
