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Análise | O Esquadrão Suicida - Caótico, violento e totalmente sem filtro
O mais recente filme da DC Comics já está disponível nos cinemas e logo mais deve entrar para o catálogo da HBOMAX (assim esperamos) e se você, assim como 99% do público assistiu ao primeiro longa da equipe e pegou um ranço tremendo, que tal apagar essa imagem negativa com esse reboot sob a visão de James Gunn?
A diferença entre os dois filmes - o de 2016 de David Ayer e o de 2021 de Gunn - é gritante, e agradecemos por isso, então nem tente comparar os dois, a gente até sabe que é inevitável, mas se esforce! Além da premissa a única semelhança entre os dois é a dona do nosso coração Margot Robbie como Arlequina e Joel Kinnaman que também retorna como Rick Flag, sendo os únicos personagens que retornam aos seus papéis no longa.

Na trama, seguimos o grupo de vilões desajustados que são recrutados por Amanda Waller (Viola Davis) para atuarem em missões especiais, aonde nem sempre todo mundo volta vivo para casa, em troca, eles podem ter a sua pena reduzida em até 10 anos, após uma rápida introdução de como funciona a Força Tarefa somos apresentados ao grupo e a missão é adentrar uma fortaleza em Corto Maltese para acabar como o "Projeto Estrela do Mar", o que se segue após disso é uma sucessão de cenas caóticas, violentas e sem o filtro ̶D̶i̶s̶n̶e̶y̶, é James Gunn sem censura.
A assinatura da direção de James Gunn tá ali, com cenas de ação de tirar o fôlego e uma trilha sonora impecável, além é claro das mortes mais absurdas e violentas do Universo DC, logo no primeiro ato, a gente já percebe que não dá pra se apegar a nenhum personagem, afinal, ninguém tem cadeira cativa em Esquadrão Suicida.

Mesmo não tendo um dos melhores roteiros do mundo das histórias em quadrinhos, afinal, derrubar governos ditatoriais é algo mais do que explorado nas telonas, O Esquadrão Suicida é aquilo que gostamos de ver quando falamos em filmes de quadrinhos, cenas de ação que beiram o absurdo, diálogos interessantes e com piadas que façam sentido e por que não uma pitada de bússola moral? Afinal, não é por estarmos falando de vilões que ele não possam ter seu próprio código de conduta não é mesmo?
James Gunn junta tudo que há de pior no Universo DC, pois o grupo conta com Bolinha (David Dastmalchian), Sanguinário (Idris Elba), Pacificador (John Cena) Tubarão Rei (Sylvester Stallone) e Caça-Ratos 2 (Daniela Melchior), além é claro, de Robbie e Kinnaman, e mostra que sim, essa equipe funciona! Muito em parte pelas ótimas atuações de Elba e de Melchior que em muitos momentos roubam a cena e nossos corações.

O longa deixa em aberto o futuro do DCEU nas telonas e sinceramente, a gente torce e muito para que dê certo, O Esquadrão Suicida conseguiu sua redenção e é a prova de que tá tudo bem ser ridículo e exagerado que a gente curte mesmo assim, afinal, Gunn acerta muito mais do que erra ao fazer suas escolhas.
O Esquadrão Suicida é aquele reboot que a gente nem sabia que precisava até assistir, então vá assistir sem medo e depois volte aqui contar pra gente o que achou!
