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Análise | Um Natal Nada Normal - Natal Alemão que fala né?
Continuando a saga das produções natalinas que a gente tano ama a bola da vez é Um Natal Nada Normal (ÜberWeihnachten, 2020), uma minissérie alemã da Netflix que estreou agora no finalzinho de novembro. Continua lendo pra saber o que achamos dessa estreia!
A série gira em torno de Basti um jovem músico do interior que vivem em Berlim, porém, sua vida não é como ele desejava que fosse, a carreira de músico não decola e ele acaba trabalhando em um serviço de telemarketing.
Com a chegada das festas de final de ano, Basti (Luke Mockridge) retorna para a casa dos seus pais, na charmosa vida de Eifel, e lá é só drama atrás de drama! Ele descobre que o seu irmão bem sucedido, Niklas (Lucas Reiber) está namorando a sua ex-namorada Fine (Cristina do Rego) cujo término ele ainda não superou, seus pais Johanna Gastdorf como Brigitte, Rudolf Kowalski como Walter, escondem um segredo que ronda os almoços em família e sua vida financeira está um fiasco.
Como uma boa produção natalina tem história de amor? Claro que sim! Mas não será o fio condutor da série, o que é um ponto positivo, pois foge desse clichê básico de Natal, mesmo possuindo outros clichês natalinos, como perdão, família e empatia esses todos são muito bem desenvolvidos ao longo dos 3 curtos episódios, o que me leva a pensar: Por que não fez um filme Dona Netflix?

Mesmo com todos os dramas familiares, Basti consegue enxergar o espírito natalino, que aqui vai muito além apenas da época das festividades, ele aprende a s colocar no lugar do outro e enxergar que sim, nem sempre a vida não é do jeito que planejamos e está tudo bem do mesmo jeito.
O elenco todo tem atuações muito consistentes com a proposta da série, mas a atuação de como Vovó Hilde (Carmen-Maja Antoni) merece um parágrafo só dela, cada vez que a senhorinha aparece na tela você já sabe que a risada é garantida, uma grata surpresa para quem está assistindo. E tem a Karina (Seyneb Saleh), que segundo minha opinião é a única personagem feminina que tenta não servir de backstory para os personagens masculinos (feio hein Netflix), tanto Fine, quanto a mãe de Basti, se resumem apenas a isso, nada mais é citado, já Karina não, ela tem vida além de Basti, se diverte e não tá ali para ser o porto seguro de Basti, até a página dois é claro, mas tem um arco bem desenvolvido e coerente, de longe uma das personagens mais bacanas da série.

Se vocês estiver pensando em entretenimento puro e simples nesse final de ano, a série é uma boa pedida para assistir com sua família e refletir um pouquinho sobre como sempre ficamos melhores rodeados por pessoas que amamos e nos amam de volta.
