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Análise | Viúva Negra - Uma despedida eletrizante do jeito que Natasha merecia
Após uma longa espera finalmente o primeiro filme solo de uma heroína Marvel teve sua estreia, talvez não da maneira que desejávamos mas é o que temos pra hoje não é mesmo? Natasha Romanoff - que já não está entre nós - talvez teve seu momento nas telonas tarde demais e isso tenha impactado de certa forma na maneira como recebemos o filme, talvez se ele tivesse sido inserido na cronologia no tempo certo ele tivesse sido bem mais impactante e emocionante melhorando em 100% nossa experiência.

Com direção de Cate Shortland o longa nos trouxe exatamente aquilo que a gente curta em filmes de super-heróis, porradaria e muita ação, porém e certos momentos o roteiro levemente raso deixa um pouco a desejar, a história tão bem começada se fosse um pouquinho de nada mais aprofundada teria dado uma carga dramática que a Viúva merece (sim, temos uma fangirl por aqui).
Na história acompanhamos a história de origem de Natasha e sua "família", o que é muito bem colocado e contextualizado e nos dá aquele gostinho de conhecer o passada da heroína que tanto representou no MCU - afinal foram 7 filmes, tava mais do que na hora não é mesmo? Logo em seguida temos um salto temporal e somos levados ao exato momento pós Guerra Civil e é aí que o filme se desenrola, entre Guerra Civil e Guerra Infinita.

No decorrer das suas pouco mais de 2h de filme somos agraciados - ou não, já que o CGI falha em vários momentos, mas passamos um pano - com muita ação dessas bem forçada mesmo com quedas, muita porrada, fuga de moto, queda de avião, tem quase todos os clichês presentes em filme de gênero e é justamente por isso que ele é tão legal, é muito, mas muito maneiro ver Natasha e Yelena em ação.
Aliás, falando em Yelena Belova (Florence Pugh) ela brilha em tela, sua interação com Scarlett é incrível e o manto de Viúva vai ser muito bem representado por ela (oremos), ao mesmo tempo em que ela tem a essência de Natasha ela também também acrescenta personalidade própria a sua Viúva, os outros personagens Guardião Vermelho (David Harbour) e Melina (Rachel Weiss) também dão um show à parte mostrando que sim, Natasha teve uma família.

Mesmo esperando um pouco mais, o roteiro até que foi satisfatório, a trama se desenvolve à partir da misteriosa Sala Vermelha e toda a rede de Viúvas que "abastece" o mundo, nos fazendo pensar sobre o tráfico de mulheres que ocorre em escala global, um assunto que poderia ter sido mais aprofundado e adicionado uma carga dramática a personagem.
No fim, Viúva Negra é aquele filme bacana que poderia ter sido muito mais bem aproveitado se tivesse sido lançado no momento certo e melhor trabalhado, um filme só é pouco para atender toda a demanda que a personagem exige, no entanto é a despedida que Natasha mereceu, mesmo com deslizes de roteiro ele acerta na grande maioria das vezes, e sim, a cena pós crédito partiu meu coração.
