@tonfabricio
Análise | Vovó Saiu do Armário - Um filme onde o amor não tem idade
Em meio a tantos lançamentos com temáticas ''mais do mesmo'', eis que surge um filme inusitado chamado Vovó Saiu do Armário, disponível na Netflix. A produção é uma comédia romântica espanhola de 2019, abordando duas senhoras que decidem assumir o relacionamento e se casar.

Em meio a preconceitos, a família de ambas as partes tenta impedir o acontecimento para que o ato de amor não vire um escândalo na pequena cidade conservadora.
O amor não tem idade
A história começa com Eva (Ingrid García-Jonsson), uma jovem confusa entre casar ou não se casar. Ainda indecisa com toda essa situação, Eva acaba recebendo a notícia de que sua avó Sofía (Verónica Forqué) é lésbica e vai se casar com Celia (Rosa Maria Sardà). Rapidamente a protagonista voa para a cidade de Sofia com o plano de abafar este "escândalo", afinal, a família de seu noivo é muito conservadora e jamais aceitaria tamanha novidade.

Além disso, outros personagens também surgem contra essa união além de Eva, usando uma homofobia velada. E, mesmo tentando convencer as idosas de não se unirem matrimonialmente, eles ficam balançados, pois percebem a doçura e a sinceridade no amor entre elas.
Mas calma que não tem só isso! Grande parte do filme é sobre Eva e Jorge (David Verdaguer), um rapaz que cruza seu caminho logo que ela chega no aeroporto. É notável um clima entre eles, deixando-a em em mais conflito interno. E se vocês gostam de surpresas, podem gostar da revelação de Jorge.
Por outro lado...
Entretanto, a montagem do filme e alguns plots são meio estranhos. Um bom filme apresenta a história base, tem uma reviravolta dramática entre os personagens e no final tem o desfecho, porém Vovó Saiu do Armário falha nesse aspecto.

A trama é cheia de cenas cortadas bruscamente para novos cenários, dando a impressão de novela da Globo editada no Vale a Pena Ver de Novo. Os criadores ambientalizam momentos desnecessários e não fazem questão alguma de criar um momento narrativo mostrando como os personagens chegaram até ali.
Além disso, o drama esperando não acontece. Tudo parece muito ok, deixando algumas narrativas confusas para o telespectador entender e se perguntar se os personagens sabiam ou não que as senhoras eram lésbicas.

Infelizmente esses pequenos detalhes deram um ar de amadorismo ao filme. Outro ponto que deixou a desejar foi o final que não teve aquele tchan de emoção, mas foi apenas ok.
Em meio a altos e baixos, o filme é encantador e merece ser assistido com a família toda. Não é a produção mais incrível do mundo, mas está longe de ser a pior (por que choras, O Mundo Sombrio de Sabrina?). Assistam, se divirtam e amem sem olhar a cor, idade, religião ou gênero da pessoa

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