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Conheça 5 filmes que poderiam ser uma peça de teatro
O Lista Aí de hoje é pra você que adora um filme com um “Q” de peça de teatro, pois vamos listar algumas produções que se passam majoritariamente em apenas um cenário e, facilmente, poderiam ser adaptados para o palco.
1.The Boys in the Band
O filme foi produzido por Ryan Murphy e lançado na Netflix ano passado. Ele se passa quase 90% do tempo no apartamento de Michael (Jim Parsons), que será o anfitrião da festa de aniversário de Harold (Zachary Quinto), onde eles e mais 5 amigos vão se reunir para comemorar.
O fato de serem todos homossexuais e ficarem juntos naquele mesmo ambiente traz para o filme diferentes perspectivas da comunidade LGBTQIA+, onde uma reunião de bons amigos expõe as relações frágeis entre eles. Tudo isso pela chegada de um elemento estranho - Alan (Brian Hutchison) o colega (hétero) de Michael na faculdade, que somente pelo fato de estar lá, cutuca velhos traumas, medos e inseguranças do grupo.

2. Meu Pai
O filme, estrelado por Anthony Hopkins e Olivia Colman, tem como protagonistas, Anthony, um senhor que (aparentemente) sofre de demência, e vive com a sua filha Anne, que cuida de todos os aspectos da vida do pai.
O que mais impressiona na produção e justifica as 6 indicações ao Oscar, incluindo ao de Melhor Filme, são as atuações e a maneira de contar a história. O espectador está dentro da cabeça confusa do protagonista, o que faz o público perder a linearidade dos acontecimentos, assim como as passagens de tempo, chegando em um ponto em que Anthony se vê em um thriller psicológico. Imagine não saber onde está e nem mesmo conhecer as pessoas que, teoricamente, estão com você todos os dias!

3. Clube dos Cinco
O clássico de 1985 serve de inspiração para muitos filmes teen que assistimos até hoje. Ele acompanha cinco jovens que ficam de detenção na biblioteca da escola durante sábado inteiro, sendo todos muito diferentes uns dos outros.
Em seu castigo, a tarefa do grupo era escrever uma redação sobre um tema que duvido que você quando adolescente saberia responder (tenho certeza que eu não) - “o que você pensa de si mesmo “. Durante o dia, pessoas que nunca conversariam na escola, começam a dividir suas angústias e experiências.

4. Malcom e Marie
Aqui temos Zendaya e Jonh David Washington estrelando o casal título em uma DR infinita. Tudo se passa em uma única noite cheia de brigas e reconciliações, onde o nosso cenário é o apartamento deles, que só aumenta a sensação de claustrofobia.
Na noite em questão, vemos o casal voltando da estreia do mais novo filme dirigido por Malcom, que fica se questionando sobre o modo como o público recebeu uma obra dirigida por um homem negro. E, ao longo do tempo, esses questionamentos misturados com a discussão do casal e com o apartamento como plano de fundo, nos dá a nítida sensação de estarmos andando em círculos, tanto na DR como em outras criticas sociais que o filme faz. Tudo uma grande ironia.

5. A Voz Suprema do Blues
Finalizamos nossa lista com mais um indicado ao Oscar! Filme que foi o ultimo trabalho do nosso eterno Pantera Negra, Chadwick Boseman. Aqui, o ator faz o protagonista Levee, um trompetista que sonha em lançar o próprio disco, mas, enquanto isso não acontece, faz parte da banda de Ma Rainey (Viola Davis), a cantora de blues mais famosa do país.
A trama se desenrola toda em um único dia de gravação da banda, provando que não são necessárias várias locações para se discutir diversos assuntos. Apenas nesse mesmo ambiente falamos de racismo e do lado podre da indústria musical, através de monólogos geniais de todos os personagens. Cada um tem o seu momento de brilhar, destacando aqui o de Viola Davis, que escancara como os artistas negros são tratados como um produto.
