@tonfabricio
Emmy 2020 | Análise: The Handmaid's Tale
Em clima de Emmy, a equipe do Fenda Geek decidiu falar sobre as séries que estão concorrendo ao prêmio. Entrando nessa vibe, hoje eu trago para vocês a série The Handmaid's Tale (O Conto de Aia), disponível na plataforma de streaming Hulu e GloboPlay.

A série se passa em um futuro distópico, onde os cristãos dominam os Estados Unidos e utilizam leis baseadas na bíblia. Além disso, como a maior parte da população não pode mais procriar, as mulheres do país são sequestradas, estupradas e obrigadas a gerar filhos para as famílias dos comandantes. Caso desobedeçam, apanham, são apedrejadas, torturadas ou mortas.
Terceira temporada
Essa última temporada começou enrolada, sendo mais do mesmo. Embora o seriado seja incrível, a história estava patinando no mesmo lugar e os fãs não estavam nada contestes com isso. Entretanto, a terceira parte trouxe uma esperança no fim do túnel.

June (Elisabeth Moss - O Homem Invisível) esta bem. Ela conseguiu entregar sua bebê Nichole para sua amiga Emily (Alexis Bledel - Gilmore Girls), que fugiu para o Canadá. A protagonista também teve a chance de fugir, mas preferiu arriscar sua vida ficando, afinal, ela ainda tem a missão de resgatar sua outra filha, a Hannah (Jordana Blake - Riot Girls).
Por outro lado, Serena (Yvonne Strahovski - Dexter) esta devastada, já que teve "sua" filha "sequestrada". Seu instinto materno é a chave para que June entre em sua mente, tentando traze-la para seu lado. Por um instante ela consegue, mas logo retorna a estaca zero. Serena ainda sente que deve servir seu marido e fica cega em relação a esse mundo injusto em que vivem.

Após muitos conflitos, a handmaid tem a brilhante ideia (ou nao) de pegar o maior número possível de crianças e levá-las para o Canada, país contra esse sistema fascista e opressor dos EUA. Embora a filha Hannah não esteja no meio delas, outras dezenas foram salvas, proporcionando um final surpreendentemente emocionante.
Além disso, a série parou de enrolar e vimos o comandante Fred (Joseph Fiennes - FlashForward) se ferrando. ABENÇOADO SEJA!!
Crítica social ainda mais forte
Que The Handmaid's Tale faz uma crítica ao machismo e as religiões, isso já sabemos. Sendo assim, a terceira temporada foca ainda mais em como cada personagens encara essa nova vida dentro desse meio opressor. O seriado faz um paralelo com os tipos de pessoas que vemos no mundo real e como agem diante de autoridades políticas. June é uma mártir, um indivíduo que quer quebrar o sistema a todo custo, enquanto que outras handmaids, que também são contra essas leis, sofrem caladas.

Além delas, nessa terceira parte nos deparamos com personagens que aceitaram o sistema, mas que agora são contra, pois viram tudo virando-se contra elas. É comparável a pessoas que votam por algum candidato, mas se arrependem. Além disso, podemos citar Serena novamente, que hora você acha que é vila, depois acha que é vítima e no final você não sabe mais nada, mas torce pra ela meter o louco.

Além das similaridades com ̶r̶a̶t̶o̶s̶ políticos, os episódios mostram os traumas sofridos pela Emily, que conseguiu chegar até o Canadá. Embora já esteja livre e em paz, ela não sabe mais como viver. Seu psicológico está tão ferrado, que ela mal consegue receber um abraço. A atriz consegue interpretar perfeitamente o papel de uma mulher que sofreu abusos. O seriado é mais do que um programa qualquer, é um alerta para a sociedade rever os conceitos machistas e religiosos.
Levará o Emmy para casa?
Eu acredito e espero que sim! Além de abordarem temas polêmicos, as atrizes Elisabeth Moss e Alexis Bledel conseguiram elevar a produção para outro patamar. E se vocês ainda não assistiram, assistam!! SOB O OLHO DELE!!

E vocês também estão confiantes que a série sairá de lá com o Emmy?? Comentem!!